Projeto de Extensão com a apresentação de filmes surrealistas da década de 1920 musicados ao vivo pelo professor Javier Acuña. Confira nossa primeira sessão:

Cartaz CineArte ao ar livre v3

  Filmes Mudos musicados ao vivo

Os primeiros filmes falados são da década de 1930. O cinema foi inventado e popularizado na década de 1890. Por isso, nos primórdios os filmes mudos eram musicados ao vivo. Geralmente acompanhado por um piano, mas em grandes salas os filmes chegavam a contar com uma orquestra inteira para ambientar o filme.

O que propomos é recriar esse ambiente, possibilitando uma experiência única aos espectadores. Um filme mudo musicado ao vivo é uma experiência singular pois geralmente há muita improvisação por parte do músico o que faz de cada apresentação um evento que não se repete.

Escolhemos filmes de alguns artistas dos anos 1920 que experimentaram a película cinematográfica como suporte para suas criações. Alguns filmes nem possuíam trilha, o que permite ao músico atual criar livremente uma sequencia sonora. Por isso, ao recriar este tipo de projeção de filmes, é importante que o espectador note as relações entre o visual e o sonoro, percebendo como o som e a imagem podem correr um atrás do outro na construção de um sentido para o audiovisual.

O retorno à razão (Le retourn a razon), de 1923

Deixe-me em paz (Emak Bakia), de 1926

Ambos os filmes são do fotográfo e pintos Man Ray. Nessas obras podemos visualizar sua criação chamada de ‘raiogramas’, que é o fenômeno de se obter uma fotografia sem o aparelho fotográfico, no caso, ao colocar objetos, alguns translúcidos, sobre o papel fotográfico e sensibiliza-lo a luz.

O balé mecânico (Le Ballet Mechanique), de 1924

Criado pelo artista Fernand Leger, este filme é um estudo das formas das máquinas. Com uma pegada cubista, os objetos são apresentados em pedaços, duplicados, triplicados em um jogo de superposições.

 

Rhythmus 21, de 1921

Criado pelo p intor Hans Richter é a primeira parte da Trilogia Rhythmus, completa por Rhythmus 23 e Rhythmus 25. O filme  é total mente composto p or figuras geométricas que mudam de tamanho, se transformam e se alteram em ritmos diferentes na tela, ao compasso de uma música.